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quinta-feira, 24 de maio de 2012

"A terra é uma beleza, o que estraga é essa gente"

Essa merda vai pro brejo mesmo. Êta Brasil... Era digital é o caralho! Esses imbecis da mídia vendida não sabem o que é uma sala de aula. Querem entretenimento em vez de aula? Mudem a programação das TV´s abertas, geradora de seres humanos imbecis, corruptos, sem educação e sem célebro. Fodam-se todos! Quando a questão é pessoal as pessoas ficam nervosinhas e até pensam, tomam atitude de mudança, mas quando a questão é coletiva, fingem que não é com elas.
Estadodesitio.org

Sou professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com a reportagem da jornalista Roberta de Abreu Lima “Aula Cronometrada”.  
É com grande pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do mau desempenho escolar com as VERDADEIRAS  razões que  geram este panorama desalentador. Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas  para diagnosticar as falhas da educação.  Há necessidade de todos os que pensam que: “os professores é que são incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital” entrem numa sala de aula e observem a realidade brasileira. 
Que alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital?  Em que pais de famílias oriundas da pobreza  trabalham tanto que não têm como acompanhar os filhos  em suas atividades escolares, e pior em orientá-los para a vida?  Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas que infelizmente são trazidas para dentro da maioria das escolas brasileiras. 
Está na hora dos professores se rebelarem contra as acusações que lhes são impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela sociedade e não somente pela escola. Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores, e não cumprir as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com os alunos de hoje “repletos de estímulos”. Estímulos de quê?  De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas horas da noite, (quando o têm), brincando no Orkut, ou, o que é ainda pior, envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida. 
Realmente, nada está bom.  Porque o que essas crianças e jovens procuram é amor, atenção, orientação e disciplina.
Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos,  há uns anos atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria. Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais. 
Para quê o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos,  de ir aos piqueniques, subir em árvores? 
E, nas aulas, havia respeito, amor pela Pátria.. Cantávamos o hino nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos ler, escrever e fazer contas com fluência. 
Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso.
Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes, trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução),  levam alunos à biblioteca e a outros locais educativos (benza, Deus, só os mais corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta, até a "passeios interessantes", planejados minuciosamente, como ir ao Beto Carrero. 
E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom.
Além disso, esses mesmos professores “incapazes”, elaboram atividades escolares como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo sem remuneração;
 
Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é cronometrado quando estão cansados. Professores têm 10 minutos de intervalo, quando têm de escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o cafezinho. Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que trabalhe 40h semanais.
E a saúde? É a única profissão que conheço que embora apresente atestado médico tem que repor as aulas. Plano de saúde? Muito precário. 
Há de se pensar, então, que  são bem remunerados... Mera ilusão! Por isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os que aguardam uma chance de “cair fora”.Todos devem ter vocação para Madre Teresa de Calcutá, porque por mais que se esforcem em ministrar boas aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”,”puta”, “gordos “, “velhos” entre outras coisas. 
Como isso é motivante..e temos ainda que ter forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave. 
Temos notícias, dia-a-dia,  até de agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos, talvez agridam seus pais e familiares. 
Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos ultrapassa um certo limite. 
E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não merecem. Assim, nunca vão saber porque devem estudar e comportar-se na sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e com indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série, e não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já são adultos. 
Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante é  porque há disciplina. E é isso que precisamos e não de cronômetros.  
Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados. Portanto, a grande maioria dos professores está constantemente estudando e aprimorando-se. Em vez de cronômetros, precisamos de carteiras escolares, livros, materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior quantidade.
Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem para os alunos se sentarem. E é essa a nossa realidade!  E, precisamos, também, urgentemente de educação para que tudo que for fornecido ao aluno não seja destruído por ele mesmo
Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões  (ô, coisa arcaica!), e ainda assim se ouve falar em cronômetros. Francamente!
 
Passou da hora de todos abrirem os olhos  e fazerem algo para evitar uma calamidade no país, futuramente. Os professores não são culpados de uma sociedade incivilizada e de banditismo, e finalmente, se os professores  até agora  não responderam a todas as acusações de serem despreparados e  “incapazes” de prender a atenção do aluno com aulas motivadoras é porque não tiveram TEMPO. 
Responder a essa reportagem custou-me metade do meu domingo, e duas turmas sem as provas corrigidas.
Vamos fazer uma corrente via internet, repasse a todos os seus! Grata.
 
Vamos começar uma corrente nacional que pelo menos dê aos professores respaldo legal quando um aluno o xinga, o agride... chega de ECA que não resolve nada, chega de Conselho Tutelar que só vai a favor da criança e adolescente (capazes às vezes de matar, roubar e coisas piores), chega de salário baixo, todas as profissões e pessoas passam por professores, deve ser a carreira mais bem paga do país, afinal os deputados que ganham 67% de aumento tiveram professores, até mesmo os "alfabetizados funcionais". 
Pelo amor de Deus somos uma classe com força!!! Somos politizados, somos cultos, não precisamos fechar escolas, fazer greves, vamos apresentar um projeto de Lei que nos ampare e valorize a profissão.
Vanessa Storrer - professora da rede Municipal de Curitiba!
 
Mesmo quem  não atua como docente, um dia passou por uma escola e tornou-se o que você é hoje! COLABORE E ENVIE PARA SEUS AMIGOS(AS).

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Morte de Prisioneiros palestinos pode causar terceira Intifada

Guila Flint
Direto de Tel Aviv
Se algum dos 2 mil prisioneiros, que já estão em greve de fome há semanas, morrer, poderá haver uma rebelião nas cadeias, que por sua vez levará a um amplo levante popular contra a ocupação israelense, dizem ativistas e grupos politicos palestinos.
Os prisioneiros palestinos Bilal Diab, 27 anos, e Thaer Halahla, 33 anos, começaram a greve de fome há 72 dias e se encontram em sério risco de morte, segundo a ONG israelense Medicos pelos Direitos Humanos.
As manifestações, organizadas pelo Comitê de Coordenação da Luta Popular, têm aumentado à medida que mais prisioneiros aderem à greve de fome e a situação dos grevistas se deteriora.
Para a ativista do Comitê, Lina Tamimi, 28 anos, se algum dos prisioneiros morrer, poderá haver uma "explosão" nas prisões. Tamimi, que mora em Ramallah, na Cisjordânia, disse ao Terra que a questão dos prisioneiros é a "mais sensível" de todos os problemas dos palestinos.
"Não existe uma familia palestina que não tenha um parente que já passou pelas prisões israelenses, todos os palestinos se identificam emocionalmente com os prisioneiros", disse Tamimi.
De acordo com ONGs de direitos humanos, desde a ocupação da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, em 1967, mais de 100 mil palestinos já passaram pelas prisões israelenses. Para Tamimi, "uma rebelião nas prisões levará a um levante generalizado nas ruas".
Terceira Intifada
A primeira Intifada ocorreu em 1987 e a segunda em 2000. Para ativistas e grupos politicos, a terceira poderá ser a "Intifada dos prisioneiros".
Diab e Halahla iniciaram a greve de fome em protesto contra a detenção administrativa a qual estão sujeitos há mais de dois anos, sem saber de que são acusados e sem serem levados a julgamento.
Nas cadeias israelenses se encontram cerca de 300 palestinos em prisão administrativa e mais 5 mil que já foram julgados e condenados. Entre eles, cerca de 2 mil aderiram à greve de fome e, além de exigir a libertação ou julgamento dos presos administrativos, também reivindicam melhoras das condições nas prisões.
Nesta segunda feira a Suprema Corte de Israel rejeitou o apelo de Diab e Halachla contra a detenção administrativa e afirmou que "greve de fome não é motivo para revogar a medida". Segundo a Corte, a prisão administrativa é necessária por razões de segurança.
Autoridade Palestina questionada
Para Lina Tamimi, a Autoridade Palestina (AP), chefiada pelo presidente Mahmoud Abbas, "não está cumprindo sua função de defender os prisioneiros". Tamimi menciona a "fraca cobertura" do canal de TV da Autoridade Palestina à questão dos prisioneiros.
"A Autoridade Palestina deveria estar batendo em todas as portas do mundo para salvar a vida de Diab e Halachla, e de outros que também já estão há mais de 50 dias em greve de fome", afirmou. "Porém, a liderança da AP não tem interesse em uma escalada com Israel".
O presidente Abbas declarou que se um dos prisioneiros morrer, a AP irá "virar a mesa" e acusou Israel de "tentar matar os prisioneiros palestinos por intermédio do encarceramento solitário".
O grupo islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, declarou que se algum dos prisioneiros em greve de fome morrer, "poderá acontecer o esperado e o inesperado".
O lider do Jihad Islâmico, Mohamed Al Hindi, disse que "a morte de qualquer prisioneiro será o estopim da terceira Intifada".
A União Europeia expressou preocupação com a deterioração da saúde dos prisioneiros e exigiu que o governo israelense possibilite toda a assistência médica necessária e visitas de familiares.
A UE também criticou a prática de Israel de prender palestinos sem levá-los a um julgamento. "Prisioneiros têm o direito de ser informados sobre as razões de sua detenção e de ser levados a um julgamento justo", declarou o escritório da UE na Cisjordânia.
O porta-voz dos Serviços Penitenciários de Israel afirmou que os prisioneiros em greve de fome "estão recebendo o tratamento médico apropriado".