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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Fatos, não palavras: Direitos Humanos em Cuba - Hechos, No palabras - Los Derechos humanos em Cuba (2007)


(Argentina, 2007, 93 min. Direção: Carolina Silvestre)

Você sabia que Cuba segue o parlamentarismo, e por essa razão, Fidel era obrigado a se candidatar como deputado, para poder depois concorrer ao cargo de Chefe-de-Estado?

Você sabia que apesar de ser um partido único, quem decide quem serão os candidatos aos cargos políticos são as
assembléias populares? Que, apesar do voto ser facultativo, a presença dos eleitores chega na marca dos 95%?
Que em Cuba há mais de 2 mil organizações não governamentais, religiosas, científicas, feministas, etc?
E que a lei de imigração norte-americana nega o visto de turista aos cubanos, mas dá Residência Permanente para os que chegam de maneira ilegal (por barcos e aviões clandestinos), mas os impede de voltar a Cuba sem perdê-la?

Conheça os direitos humanos em Cuba, veja como são tratados os deficientes e o prisioneiros, depois compare com o que temos no Brasil e EUA.


A Revolução Cubana não trouxe apenas educação de qualidade (a média nacional é de 13 anos de estudo), mas trouxe o espírito crítico de seu povo e poder de participação dele.

Talvez seja por essa razão que os EUA aplicam tanta energia em criar mitos contra ela. Pois dessa maneira, se justifica um embargo econômico injusto e mesquinho. Pois se com tão poucas possibilidades comerciais Cuba tem o melhor IDH da América Latina, sem o embargo poderia se tornar um exemplo de sociedade que as poderosas corporações não gostariam de ver.

Assista ao documentário e derrube os mitos.

 


Bloqueio: A Guerra Contra Cuba / Bloqueo: La guerra contra cuba (2005)

 

(Argentina, 2005, 70 min. - Direção: Daniel Desaloms)

Novamente: "Sempre é duro postar algo que é tão contrário ao que a maioria pensa que é. Podemos sempre receber duras críticas pelo "consciente" coletivo já formado. Mas a finalidade desse blog é mostrar o lado que a mídia não mostra (DocVerdade.blogspot.com.br). Veja esse documentário e tire suas conclusões".
Sinopse: "Bloqueio - A guerra contra Cuba"/ é um documentário argentino de 70 minutos, com uma ampla investigação e denúncia de como o bloqueio econômico, contra Cuba prejudica a vida do povo cubano.
Segundo Maria Silvína, a idéia do documentário é trazer a realidade, o outro lado, que os grandes meios de comunicação escondem. "Queremos mostrar como o povo cubano vive com esse bloqueio nas costas", afirma.
"Esse bloqueio tem custado ao nosso povo mais de US$ 82 bilhões de perdas, de vidas humanas. Afetando todas as esferas da sociedade, como a saúde, educação, cultura e alimentação", declara Mosquera.
O filme surgiu a partir de uma investigação jornalística da jornalista argentina, Carolina Silvestre, é dirigido por Daniel Desaloms e produzido pela produtora independente Latino Produções, com apoio do Instituto Nacional de Cine e Artes Audiovisuais da Argentina - INCAA.
 


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A Educação Proibida

La Educación Prohibida
Gênero: Documentário
Diretor: German Doin e Verónica Guzzo
Duração: 145 minutos
Ano de Lançamento: 2012
País de Origem: Argentina
Idioma do Áudio: Espanhol
Site Oficial: http://www.educacionprohibida.com

 

A escola tem mais de 200 anos de existência e é considerada a principal forma de acesso à educação. Hoje em dia, a escola e a educação são conceitos amplamente discutidos em foros acadêmicos, políticas públicas, instituições educativas, meios de comunicação e espaços da sociedade civil. Desde sua origem, a instituição escolar tem estado caracterizada por estruturas e práticas que hoje são consideradas obsoletas e anacrônicas.Dizemos que não acompanham as necessidades do século XXI.Sua principal falência se encontra em um projeto que não considera a natureza da aprendizagem, a liberdade de compreender a importância do amor e dos vínculos humanos no desenvolvimento individual e coletivo

A partir destas reflexões críticas surgem , ao largo dos anos, propostas e práticas que pensaram e que pensam a educação de uma forma diferente. "La Educación Prohibida" é um documentário que propõe recuperar muitas delas , explorar suas ideias e visibilizar experiências que se atrevem a trocar as estruturas do modelo educacional da escola tradicional.

Mais de 90 entrevistas a educadores, acadêmicos, profissionais, autores, pais e mães envolvendo 8 países de Iberoamérica, passando por 45 experiências educativas não convencionais; mais de 25.000 seguidores nas redes sociais antes de sua estréia e um total de 704 coprodutores que participaram em seu financiamento, convertendo a La Educación Prohibida em um fenônemo único. Um projeto totalmente independente de uma magnitude inédita que dá conta da necessidade latente do crescimento e surgimento de novas formas de educação.

Os torrents e legendas foram disponibilizados pelos próprios produtores no sítio oficial do filme. Lá existem outras versões de qualidade e legendas em outras línguas.



Agradecimento ao www.makkingoff.org


 

terça-feira, 21 de agosto de 2012

O linchamento de um jovem palestino no centro de Jerusalém

Especialistas questionam suposto racismo em 
sistema educacional (foto: Cortesia/Olivier Fitoussi)

Prisão de adolescentes por linchamento de palestino choca sociedade israelense

Atualizado em  20 de agosto, 2012 - 13:44 (Brasília) 16:44 GMT 
O linchamento de um jovem palestino no centro de Jerusalém e a indiferença mostrada por um dos suspeitos, um dos quatro adolescentes israelenses entre 13 e 15 anos, deixaram estupefatos setores da sociedade de Israel.
Na última sexta feira, dezenas de adolescentes israelenses - incluindo meninas e meninos - estiveram envolvidos em uma tentativa de linchamento de quatro jovens palestinos que passavam pela rua Yaffo, no centro de Jerusalém.
Um dos palestinos quase morreu. Um dos suspeitos, um menino de 15 anos cuja identidade não foi revelada, disse nesta segunda feira aos jornalistas que estavam na Corte que “por mim, é melhor que morra”, em referência ao ferido.
De acordo com a policia, o conflito se deu quando dezenas de adolescentes começaram a correr atrás dos jovens palestinos gritando "morte aos árabes" e outros xingamentos de conteúdo racista.
Não há precedentes na história de Israel de crimes tão graves, motivados por ódio étnico, e cometidos por pessoas tão jovens.
Um dos palestinos, Jamal Julani, de 17 anos, ficou em estado critico depois de receber socos e chutes na cabeça, chegou a sofrer parada cardíaca e foi ressuscitado pela equipe de salvamento que chegou ao local do crime.

Menores de idade

Nesta segunda feira os suspeitos foram levados à Corte de Jerusalém e o juiz determinou a prolongação da detenção, apesar de serem menores de idade.
Segundo a policia, mais adolescentes que estiveram envolvidos no incidente deverão ser presos em breve.
A policia também afirma que uma das meninas do grupo incitou os garotos a agredirem os jovens palestinos.
O representante da policia na Corte, Shmuel Shenhav, disse que “foi um verdadeiro linchamento, o ferido perdeu a consciência e já era considerado morto, até a chegada dos paramédicos que realizaram a ressuscitação. Trata-se de um crime muito grave que, só por um milagre, não terminou em morte”.
A policia também mencionou que dezenas de transeuntes foram testemunhas da agressão e não intervieram.

'Educação racista?'

A deputada Zahava Galon, do partido social-democrata Meretz, disse que o crime cometido pelos adolescentes é "chocante".
Em entrevista à radio Kol Israel, a deputada atribuiu a responsabilidade ao sistema judiciário que, segundo ela, "não trata de maneira suficientemente enérgica aqueles que incitam o ódio na sociedade israelense".
Para a pedagoga Nurit Peled Elhanan, da Universidade Hebraica de Jerusalém, o comportamento dos adolescentes envolvidos na tentativa de linchamento é "resultado direto da educação que recebem tanto nas escolas como de seus pais".
Em entrevista à BBC Brasil, a pedagoga afirmou que "o sistema de Educação de Israel ensina as crianças a odiarem os árabes em geral e palestinos em particular".
"As crianças são ensinadas, tanto pelas escolas, como por seus pais, que todos os árabes querem matá-las, e crescem sem desenvolver qualquer sentimento de empatia humana com eles", disse.
"Daí, até a agressão física, a distância não é grande, e agora estamos vendo os frutos da educação que essas crianças recebem", acrescentou Elhanan.
O vice-primeiro-ministro Moshe Yaalon classificou a tentativa de linchamento como "terrorismo".


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Pussy Riot


As Pussy Riot vão coser uniformes militares e dormir em camaratas com mais outras 100 condenadas 

Na colónia, as três mulheres vão ter um telefonema por mês e o máximo de nove visitas anuais com bom comportamento.

No final dos procedimentos judiciais e não havendo perdão da condenação - que as três membros da banda punk Pussy Riot sentenciadas a dois anos de prisão já deixaram claro que não vão pedir -, Nadejda Tolokonnikova, Maria Alekhina e Ekaterina Samutsevitch serão enviadas para uma colónia penal onde passarão a viver com homicidas e ladras em camaratas que albergam 100 ou mais presas, até à libertação, pelo início de 2014.

As três mulheres foram condenadas sexta-feira por "hooliganismo motivado por ódio religioso", devido à performance não autorizada que fizeram em Fevereiro na Catedral de Cristo Salvador, em Moscovo, apelando à Virgem Maria para afastar Vladimir Putin do poder, a duas semanas da sua recondução à presidência, e criticando o aval dado pela Igreja Ortodoxa ao Kremlin.

Os advogados das Pussy Riot sugeriram que poderão não recorrer dentro das instâncias jurídicas do país (cujo prazo de recurso termina daqui a uma semana), antes optando por levar o caso ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos, mantendo a argumentação de que a performance deve ser reconhecida como um acto de protesto político contra o regime russo.

O veredicto e a sentença de prisão têm sido veementemente criticados, dentro e fora da Rússia, e até mesmo no seio do Rússia Unida, o partido no poder e de Putin. Um dos seus líderes, Andrei Isaiev, considerou-o "duro" e lembrou que o Presidente pode ainda tomar uma decisão sobre o caso. Mas as Pussy Riot recusam-se a fazer uma declaração de culpa do crime em que foram condenadas, o que torna legalmente impossível que lhes seja dado um perdão presidencial.

Sinais têm sido dados porém, e mesmo da Igreja Ortodoxa russa, que apelou às autoridades para mostrarem "misericórdia" na aplicação da sentença -, gesto lido como uma tentativa de aplacar a fúria pública -, no sentido de que poderá haver uma redução ou amenização das penas. Poucos acreditam ainda assim que as Pussy Riot se livrem de passar algum tempo numa colónia penal de segurança média, a única estrutura para as mulheres no sistema presidiário russo.

Direitos mais alargados

Formadas por uma série de edifícios (para a administração prisional, as camaratas das detidas e as zonas de trabalho), estas colónias penais femininas estão rodeadas de muros, arame farpado e torres de vigia, e localizam-se na maior parte dos casos muito próximas de pequenas cidades ou vilas.

Não há qualquer garantia de Nadejda Tolokonnikova, de 22 anos, Maria Alekhina, de 24, e Ekaterina Samutsevitch, de 30 - as duas primeiras mães de crianças pequenas, que não vêem desde a sua detenção, há cinco meses - serem transferidas para colónias na região de Moscovo, de onde são oriundas. Podem mesmo ser enviadas para instalações a muitas centenas de quilómetros de distância, para um qualquer dos 46 campos prisionais femininos da Rússia, vendo os contactos com os familiares reduzidos por esta circunstância.

A população prisional feminina russa (59 mil mulheres, do total de 727 mil presos no país, segundo dados do website da Administração Prisional russa) goza de direitos de visita mais alargados do que os homens, dada a natureza não excessiva das medidas de segurança. As mulheres integradas nos regimes normais de detenção podem receber três visitas por ano de curta duração (até quatro horas) e quatro de longa duração (até três dias), sendo-lhes nestas permitido que o encontro decorra em local específico do campo, que não as camaratas, com os maridos e pais. A visita de não-familiares depende da autorização expressa da administração prisional.

Este número de visitas é aumentado em mais duas visitas anuais de longa duração apenas para as detidas que fazem parte do regime de detenção ligeiro graças a estarem registadas com comportamento exemplar dentro da colónia.

O direito às visitas - assim como o de um telefonema por mês, sem exceder 15 minutos, e de correio ilimitado - é suspenso quando é aplicado às detidas o regime rígido, por períodos máximos de três meses consecutivos, como castigo por uma violação das normas e regulamentos do campo, como a interdição do consumo de álcool e drogas, e ainda em casos de recusa em obedecer aos guardas ou insultos dirigidos a um qualquer funcionário da administração prisional.Durante estes períodos de penalização acrescida, as mulheres são transferidas das camaratas para celas solitárias, de onde só lhes é permitido sair durante uma hora por dia, para exercício no exterior.Acordar às 6h para a costura

A rotina diária das detidas - que envergam uniformes verdes com o nome inscrito ao peito, e às quais são estritamente proibidas roupas pessoais - começa às 6h. Ao longo do dia são chamadas a formaturas de contagem várias vezes, no exterior das camaratas, partilhadas por 100 a 120 mulheres, e das zonas de trabalho. E só quando as temperaturas baixam para lá dos 30 graus negativos é que as contagens, que duram cerca de meia hora, são feitas no interior dos edifícios.

As reincidentes e as que foram condenadas pela primeira vez são mantidas em zonas separadas nos campos, mas não é feita nenhuma divisão pela natureza ou gravidade dos crimes. E pode também acontecer, embora seja muito raro, que reincidentes e condenadas em primeiro crime tenham em comum as áreas de trabalho.

Apenas cerca de metade da população prisional feminina russa trabalha nos campos, em actividades que se resumem praticamente à costura de uniformes dos guardas prisionais para o exército e forças de segurança agregadas ao Ministério do Interior, pelo que recebem um salário mensal entre os 25 e 50 euros. Nas colónias, podem comprar alimentos e produtos de primeira necessidade, até um valor máximo de 75 euros no regime de detenção regular, ou sem restrição de valor no regime ligeiro.

domingo, 19 de agosto de 2012

Julian Assange acusa EUA de "caça às bruxas"



A partir de uma varanda da embaixada do Equador em Londres, o fundador da WikiLeaks, Julian Assange, pediu ao Governo dos Estados Unidos para respeitar a liberdade de expressão e parar com a sua investigação à fuga de informação que culminou com a publicação de milhares de documentos secretos do Pentágono e Departamento de Estado, em 2010.



O jornalista e activista, que está refugiado há dois meses nas instalações da missão diplomática do Equador, classificou o processo como “uma caça às bruxas” e exigiu a libertação do soldado norte-americano Bradley Manning, detido numa prisão militar do Kansas e acusado de traição.

“Bradley Manning é um herói”, reclamou Assange, perante o aplauso de dezenas de apoiantes, que desde a manhã aguardavam na rua pela sua intervenção, vigiados por um forte dispositivo policial.

“Os Estados Unidos têm uma escolha a fazer: reafirmar os valores revolucionários que estiveram na fundação do país, ou cair no precipício e arrastar-nos a todos para um mundo opressivo e perigoso, em que os jornalistas se calam por medo de acusação e os cidadãos se limitem a sussurrar”, declarou Assange.

“Peço ao Presidente Obama que tome a decisão correcta e acabe com esta caça às bruxas”, prosseguiu. Mas o seu apelo foi mais além, e incluiu o “respeito pela liberdade de expressão” e o fim da alegada “perseguição” a jornalistas e whistleblowers (fontes que denunciam segredos) que põem em causa as versões oficiais dos governos. “Não pode haver mais conversa fiada de acusar organizações jornalísticas, seja a WikiLeaks ou o New York Times”, sublinhou.

Julian Assange não se pronunciou sobre o braço de ferro diplomático com o Equador – que na quinta-feira aprovou o seu pedido de asilo diplomático –, ou as exigências dos Governos do Reino Unido e da Suécia para que seja detido. O fundador da WikiLeaks, que viveu sob prisão domiciliária em Londres até perder um derradeiro recurso contra um pedido de extradição da Suécia, foi convocado para prestar declarações por um tribunal de Estocolmo, depois de uma queixa por alegados crimes sexuais apresentada por duas mulheres na Suécia.

No entanto, o australiano referiu-se à ameaça do ministério dos Negócios Estrangeiros britânico de “invadir” a embaixada do Equador, dizendo que só a vigília dos seus apoiantes à porta das instalações impedira o Governo do Reino Unido de “atirar os princípios da Convenção de Viena pela janela”.

Na rua (e supostamente dentro do edifício), dezenas de polícias estavam preparados para deter Assange no caso de este transpor os limites do apartamento ocupado pela missão diplomática e que é equiparada a território equatoriano. Assange disse ter uma “dívida de gratidão” com o pessoal da embaixada, com o Presidente Rafael Correa e a “pequena nação do Equador” que “corajosamente” tem defendido o seu direito ao asilo político.

Antes de Assange, o jurista e antigo juiz anti-corrupção espanhol Baltasar Garzón, que lidera a equipa jurídica encarregada da defesa do fundador da WikiLeaks, confirmou ter recebido instruções para “levar a cabo todas as medidas legais para proteger os direitos da WikiLeaks, de Assange e de todos os que estão sob investigação”.

Garzón disse ainda que Julian Assange não manteve quaisquer negociações com as autoridades suecas para evitar uma eventual extradição para os Estados Unidos no caso de viajar até Estocolmo para prestar declarações.  

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

34 mineiros em greve abatidos pela polícia sul-africana



 
O número de vítimas do tiroteio policial sobre mineiros aumentou para 34, de acordo com a chefe da polícia sul-africana. Há ainda 78 feridos e foram detidas 259 pessoas. O Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, diz-se chocado. As imagens difundidas pelo mundo são aterradoras.

A polícia sul-africana disparou ontem sobre os cerca de 3000 mineiros que estavam desde a semana passada em greve na mina de platina de Marikana, no Noroeste do país, perto de Rustenburg, a cerca de 100 quilómetros de Joanesburgo.

Numa conferência de imprensa ao final da manhã desta sexta-feira, a comissária Riah Phiyega disse que os polícias agiram em legítima defesa, "para se defenderem do grupo [de manifestantes] que os estava a atacar". Neste primeiro balanço oficial do número de vítimas, a responsável disse que há 34 mortos e 78 feridos. Ao início da manhã, o sindicato falava em 36 mortos.

Neste incidente, que a chefe da polícia classifica como "trágico", foram ainda detidas 259 pessoas, por diversos motivos: violência pública, homicídio, tentativa de homicídio, posse de armas perigosas, reunião ilegal, entre outros.

Políticos e sindicalistas exigem um inquérito para apurar responsabilidades, diz o Times da África do Sul. Jackson Mthembu, porta-voz do ANC (Congresso Nacional Africano), partido no poder, acrescentou que é preciso determinar quem causou os confrontos entre os mineiros - que exigem melhores condições de trabalho e o aumento do salário para o triplo do que ganham actualmente - e a polícia.

"Todos sentimos uma enorme tristeza pela violência que vimos na televisão", sublinhou Mthembu. As imagens que deram a volta ao mundo mostram a polícia a disparar de forma indiscriminada sobre uma massa de grevistas que corriam em direcção à polícia. Relatos noticiosos de diferentes origens afirmam que, naquela altura, os sindicalistas estavam armados com paus e catanas.

O porta-voz da polícia nacional, capitão Dennis Adriao, disse que os agentes dispararam em auto-defesa, depois de uma longa e mal sucedida negociação para desarmar e dispersar o grupo "fortemente armado" de grevistas ilegais, reunido junto à mina. O Ministro da Polícia, Nathi Mthethwa, argumenta que os oficiais estavam debaixo de fogo. "De entre a multidão, algumas pessoas abriram fogo e a polícia retaliou", disse o governante em declarações à Talk Radio 702.

O Partido da Liberdade – Inkatha – considera que o sucedido põe em evidência as "tensões crescentes" na sociedade sul-africana e que não devem ser menosprezadas. "Este horror não deve apenas chocar-nos. Deve fazer-nos pensar também na quantidade de vezes em que neste país se recorre à violência para lidar com os conflitos", disse Mario Oriani-Ambrosini, deputado do Inkatha.

O caso está a ser classificado como o pior derramamento de sangue em confrontos entre polícia e trabalhadores desde Sharpville (16 de Junho de 1976) e Boipatong (17 de Junho de 1992).

A Aliança Democrática apelou a todos que "travem a escalada do conflito". "As famílias de todos os envolvidos, e a nação, merecem saber como e por que é que este banho de sangue aconteceu."

O Congresso do Povo também já requereu uma investigação independente.

Os protestos e a paralisação dos mineiros provocaram um aumento do preço da platina nos mercados mundiais da ordem dos 15% na última semana. Logo após os incidentes de ontem, o preço disparou mais 2%. A África do Sul é o maior produtor mundial de platina (com cerca de 80% da produção), um metal que em 2000 ultrapassou o ouro como a maior fonte de rendimento no país.


Dirt! The Movie (2009)



(EUA, 2009, 86 min. Direção: Bill Benenson e Gene Rosow)
O solo é uma herança de bilhões de anos que recebemos do Planeta. Na sua fina camada superior é onde podemos plantar, onde estão os microrganismos e elementos responsáveis pela formação de toda vida, de todos os animais, inclusive de nós.

Povos crescem e desaparecem da face da Terra de acordo com que tratam seu solo. Nos últimos 100 anos 1/3 das terras férteis da terra desapareceram.

O modo de produção chamado “agronegócio” está empobrecendo em rápida velocidade a terra por onde passa. A Agricultura Extensiva, além de contaminar a terra, mata seus organismos transformando muitas fazendas em desertos por todo o mundo.

Populações inteiras que transformaram suas terras em deserto estão sofrendo com a fome numa luta desesperada por comida.

O documentário nos oferece belas e inspiradoras soluções comunitárias para a recuperação do solo e da biodiversidade.


Participações especiais de Sebastião Salgado e Vandana Chiva.


(Comentários: Docverdade)


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Legendas pt-po

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

WikiLeaks: Equador concede asilo político a Assange

O Equador decidiu conceder asilo político ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange, refugiado há dois meses na sua embaixada em Londres.
Segundo declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros, Quito baseou a sua decisão no direito internacional e na convicção de que Assange corre perigo de vida caso seja deportado para os Estados Unidos.
“ O Governo do Equador considera que tem argumentos para sustentar o receio de que Julian Assange pode ser vítima de perseguição política. Argumentos que levam o senhor Assange a pensar que em qualquer momento pode enfrentar uma situação suscetível de colocar em perigo a sua vida, segurança e integridade pessoal”, afirmou Ricardo Patiño, ministro dos Negócios Estrangeiros do Equador.
Ao mesmo tempo que apoiantes de Assange se manifestavam frente à embaixada do Equador em Londres, uma nota divulgada pelo Foreign Office, reafirma que o Reino Unido não autorizará Julian Assange a deixar livremente a embaixada do Equador e o país, mesmo tendo obtido asilo político.
A segurança em redor da embaixada foi reforçada pela polícia britânica.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Capitão LAMARCA - O Filme

 



“NOTA DOS AUTORES"
            O Capitão morreu na caatinga: esse é o mote da história, sugerido por Olderico Campos Barreto. Aliás, a idéia nasceu de uma conversa com ele, sobrevivente ocasional da tragédia. Era preciso escrever tudo aquilo que revelava entre quatro paredes, na cadeia e depois, sempre aos sussurros. Volta e meia o projeto ressurgia e ia sendo adiado pela certeza de que se publicássemosa verdade, nos meados de 70, viriam represálias. Até que em abril de 1979, ainda às voltas com o processo na Justiça Militar, por conta do seu envolvimento no caso Lamarca, Olderico resolveu depor de forma diferente da que se acostumara ao longo dos anos. Foram fitas e mais fitas gravadas, cheias da voz de um excelente contador de histórias e um dos poucos que conseguiram reter o drama da morte, no seu caso, a perda de dois irmãos e muitos amigos. É o depoimento de um homem carregado de convicção: a morte não é nada quando vem pela lealdade, amizade, cumprimento de um trato ou fidelidade a uma causa. Sempre é melhor morrer do que trair um amigo. Assim é Olderico.
Pesquisando, documentando, entrevistando sobreviventes e agentes da repressão, seguimos adiante. Mônica Teixeira, jornalista de São Paulo, fez de tudo. Por suas mãos passaram Ariston Lucena, Lúcia Alverga, Cabo Mariani, Antônio Spinoza, muitos outros personagens . Mariluce Moura, repórter baiana, também ajudou. Da França, João Lopes Salgado atendeu nosso apelo e enviou seu depoimento, gravado. Em Santa Tereza, no Rio de Janeiro, Alex Polari de Alverga falou um dia inteiro conosco, Cesar Benjamin junto. Em Brasília, autoridades foram ouvidas e Erasmo Dias esclareceu sua participação no Vale do Ribeira. À região onde Lamarca morreu fomos duas vezes.
Cabia-nos comprovar as informações – descartar as mentiras publicadas na imprensa amordaçada pela violência da ditadura – e aproveitar as reportagens sérias, particularmente do “Pasquim”, “Em Tempo”, e “Coojornal”. O trabalho de correção dos originais recebeu a importante colaboração de Adilson Borges dos Santos, repórter, ex-revisor de “A Tarde”, em Salvador. O livro foi assim, fruto de um esforço coletivo.
Tão coletivo que resolvemos preservar o ritmo do discurso de alguns personagens – Olderico, um deles. Rejeitadas as fantasias, assumimos as versões das fontes que mereceram crédito, as que representaram maiores coincidências entre si, na Bahia e no Sul. Mas é impossível ter toda certeza numa reportagem como essa, tanta a dor, o medo, a perplexidade, que ainda tomam conta dos sobreviventes – tanta repressão presente, segredos guardados sob armas. Os relatórios do Exército serviram para confirmar algumas coisas, mas, em muitos casos, nem para isso. Bastou o livro ganhar as ruas para surgirem as primeiras controvérsias. Numa delas, Eliana Gomes de Oliveira, hoje morando no Rio de Janeiro, nega com veemência que tenha tido qualquer tipo de relação afetiva com um agente do DOI-CODI quando foi presa em 1971, como haviam afirmado alguns de seus companheiros em depoimentos prestados aos autores.
A história ganhou corpo. Lamarca não foi o “assassino frio e sanguinário” mostrado na imprensa por pressão do Exército, muito menos um “Messias sem Deus” ou joguete da esquerda armada. Nem o herói imaculado apresentado por admiradores fantasiosos, no exterior. O Capitão Lamarca absorveu a tragédia de seu tempo e viveu o drama, todo, de um período em que a tortura e o assassinato político eram métodos considerados normais pelo Estado brasileiro. Os anos somados vão tornando possível uma análise política fria. Duro é sacar o lance do oficial do Exército Brasileiro, carreira brilhante à frente, que, inconformado, rasga sua farda, aposta noutro futuro – sonha com a humanidade livre, mete o peito resoluto em busca da liberdade e leva às últimas conseqüências o que julgava acertado.
O velho José Barreto, pai de Zequinha, Otoniel e Olderico, camponês calejado, desses que nunca abandonam a roça, sentiu nas costas todo o peso da violência do regime pós-64. “Vi coisa que nem sabia que existia. Eu vi o mundo de pernas para cima e em cima de mim”, diria ao repórter Paolo Marconi, do “Coojornal”, em 1979. “Fleury teve uma morte muito honrosa. Se tivesse 50 vidas para perder ainda seriam poucas”, completaria. José Barreto continua lá, em Buriti Cristalino, sertão da Bahia, trabalhando sob o peso de seus 72 anos. Este livro é dele.”
Transcrito do Livro “LAMARCA O CAPITÃO DA GUERRILHA”,  de Emiliano José e Oldack Miranda, Oitava Edição, de março de 1984, por José Roberto Del Valle Gaspar, em 16/02/2012.



quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Trilha Sonora para uma Revolução

Clique na foto para ver o video

(EUA, 2009, 82 min - Direção: Bill Guttentag, Dan Sturman)
Momentos em que a barbárie aplicada a uma parcela da sociedade é considerada normal e quando qualquer manifestação contra ela é considerada ilegal podem parecer coisa de séculos atrás ou de pequenos países sob ditadura declarada. Mas não, nos anos 60, nos Estados Unidos da América, havia lugares onde negros não podiam comer, sentar, não tinham direito a voto e muito menos a se manifestar. 
Era comum nos Estados sulistas, negros serem alvejados, mutilados, queimados, surrados, sem que os seus agressores sofressem alguma punição. Neste contexto começa o movimento social mais forte que já aconteceu no país sob a liderança de uma das figuras mais emblemáticas da história ocidental, Martin Luther King. 
Imagens emocionantes, mostram toda a cronologia desse movimento, com depoimentos atuais dos integrantes. Músicas que eram cantadas como hinos, são exibidas com grande produção moderna.
Um grande exemplo de desobediência civil e resistência pacífica. (docverdade)

Torrent TPB
(sem legendas)

Agradecimentos a Ozivan Oliveira e Marcus Vinicius Lima de Amorim pela sugestão e links