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segunda-feira, 24 de junho de 2013

Brasileiros levam para as ruas um mundo de queixas e reivindicações


Depois da luta contra o aumento nos transportes, manifestações dirigem-se para um universo difuso de causas, desde as mais específicas até à reforma do sistema político.
Há três décadas, os brasileiros foram às ruas em massa pelas eleições directas para Presidente da República. Em 1992, voltaram às ruas contra a corrupção no governo de Collor de Melo.
Agora, estão nas ruas mas não há uma causa única por detrás dos protestos. Sob um sentimento genérico de insatisfação, abrigam-se diferentes queixas e reivindicações, que ninguém até agora conseguiu reunir sob uma única bandeira.
Eis algumas delas, compiladas a partir das redes sociais e sites na Internet que estão a tentar organizar tudo o que está em causa:
Aumentos nos transportes
Várias cidades brasileiras aumentaram o preço dos transportes públicos em 2013. Em São Paulo, um bilhete simples passou de 3,00 para 3,20 reais (de 1,00 para 1,07 euros). A forte contestação que se seguiu não é inédita.
Em 1879, a cobrança de vinte réis nos transportes públicos puxados por burros levou à chamada Revolta do Vintém, no Rio de Janeiro. Mais recentemente, em 2003, milhares de pessoas paralisaram as ruas de Salvador, na Bahia, dando origem ao Movimento Passe Livre, o motor das primeiras manifestações agora. Tanto São Paulo como o Rio de Janeiro recuaram no aumento. Os cidadãos exigem agora que as contas sejam tornadas públicas.
Menos Mundial, mais saúde
No país do futebol, os gastos com o Mundial de 2014 estão no centro dos protestos. No último balanço, apresentado esta semana pelo Governo, a conta subiu para 28 mil milhões de reais (9,4 mil milhões de euros), entre construção de estádios, investimentos na mobilidade urbana e melhorias nos portos e aeroportos. Os brasileiros desconfiam da gestão dos investimentos, queixam-se das regras impostas pela FIFA e reclamam antes mais dinheiro para áreas básicas como saúde e educação. O investimento público na educação passou de 3% para 5% do PIB e na saúde de 2,5% para 3,8%, de 2000 a 2010, segundo um balanço de 2012 do Instituto de Pesquisa Económica Aplicada.
Mas não só o valor está abaixo do padrão internacional de referência (7%), como a qualidade no sector público é substancialmente inferior à do privado. Numa das manifestações, um cartaz exigia "hospitais com padrão FIFA de qualidade".
Nova ordem política
A insatisfação com a política partidária e os políticos em geral é um denominador comum dos protestos. Dos casos de corrupção mal resolvidos, ao histórico fisiologismo partidário no Brasil, tudo é motivo de crítica. Muitas propostas de mudança estão a circular, como a possibilidade de eleição de independentes, a redução dos salários dos políticos ou o fim do voto obrigatório.
Algumas já estão ou estiveram em tramitação no Congresso, como a da equiparação penal do crime de corrupção a crime hediondo ou a da introdução, na Constituição, de um mecanismo para revogação do mandato do Presidente e parlamentares por referendo popular. Também se clama agora pelo fim do chamado "foro privilegiado", que faz com que membros do Congresso não sejam julgados em instâncias inferiores. Mas a ideia não é consensual, com muitos a chamarem a atenção para o facto de um tribunal superior dar maiores garantias de independência nestes casos.
Políticos indesejados
Os protestos estão a realimentar a ira contra determinados políticos. O presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros, é o principal alvo. Calheiros foi acusado de corrupção e uso de dinheiros públicos em 2007, mas ilibado numa votação no próprio Congresso, que presidia nesta altura e voltou a presidir agora em 2013.
Outro alvo é Marco António Feliciano, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Pastor evangélico, Feliciano tem sido criticado por declarações polémicas em relação aos homossexuais, às mulheres e aos negros.
Muitos, porém, têm alertado para os riscos de o movimento se transformar numa injusta e inoportuna "caça às bruxas".
PEC 37, PEC 33 e "cura gay"
As manifestações estão a dar força a movimentos contra determinadas propostas legislativas agora em discussão. Uma delas é a Proposta de Emenda Constitucional 37 (PEC 37), que retira ao Ministério Público a competência para investigar crimes, deixando-a na esfera apenas das polícias federal e civil.
Teme-se que isto beneficie os criminosos, pois, sem capacidade das polícias, muitos processos acabarão por prescrever.
Outra proposta é a PEC 33, que limita os poderes do Supremo Tribunal Federal (STF), subjugando algumas das suas decisões ao Congresso ou a plebiscitos.
Outro projecto legislativo que tem vindo à baila nos protestos é da "cura gay" - proposta que revoga uma disposição do Conselho Federal de Psicologia que actualmente proíbe os psicólogos de colaborarem em qualquer serviço que proponha "tratamento" da homossexualidade. A proposta teve uma primeira aprovação esta semana, mas ainda vai ser discutida no Congresso.
E muito mais
Nas redes sociais, não faltam sugestões de outras causas para associar aos protestos: em defesa do Estado laico, a favor de uma lei para regulamentar a aquisição de armas, contra o TGV entre o São Paulo e o Rio de Janeiro, em prol de taxas aos poluidores e incentivos às actividades sustentáveis.
A questão dos transportes apenas acendeu o rastilho, como resume um cartaz empunhado pela apresentadora de programas de culinária Palmira Onofre, 82 anos: "Nasci em 1931, vi duas guerras mundiais, sobrevivi durante a ditadura. Acreditem. Não é só por R$0,20 [vinte centavos]".

Fonte: publico.pt

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Os serviços secretos brasileiros começam a vigiar as redes sociais

Los servicios secretos brasileños comienzan a vigilar las redes sociales

A la presidencia de Brasil le cogió por sorpresa la explosión de la protesta popular sin que la Agencia Brasileña de Inteligencia (Abin) hubiesen alertado al Gobierno ni al Congreso.
Preocupado por el desarrollo de la protesta que este jueves alcanzó a 80 ciudades, entre ellas de nuevo a São Paulo y Río, el Gobierno ha designado a agentes de los servicios secretos para seguir por medio de Facebook, Twitter, Instagram y WhatsApp las movilizaciones.

La decisión fue tomada, según han informado varios medios de comunicación, tras una crisis entre asesores civiles de la presidenta Dilma Rousseff y el Gabinete de Seguridad Institucional (GSI), que no habría alertado a la presidencia de las manifestaciones que sorprendieron a todo el mundo político. Los agentes de la Abin y otros órganos de inteligencia se habían concentrado los meses pasados en la seguridad de la Copa de las Confederaciones, dejando desprotegidas otras áreas, entre ellas la de la protesta callejera.
Tras la explosión de la crisis no anunciada ni esperada, tanto la presidenta como el Congreso y el Partido de los Trabajadores (PT) tuvieron que improvisar una estrategia para saber cómo actuar. La mandataria tomó el avión y fue a consultar a su antecesor y pupilo el expresidente Lula da Silva, el cual, a su vez, se reunió con representantes de cuatro sindicatos.
El Partido de los Trabajadores, sorprendido con el resucitar de un movimiento popular por primera vez no controlado por él ni por los movimientos sociales de izquierdas, en un primer momento, al igual que Rousseff, apoyó las protestas como legítimas, pero organizaron una manifestación paralela en São Paulo en apoyo a la presidenta, a pocos metros del lugar de la concentración de la protesta.
En la última manifestación de Brasilia, el Gobierno y el Congreso se vieron sorprendidos y no llegaron a prever la posibilidad de que los manifestantes pudieran llegar a ocupar el Congreso, como ocurrió en parte. Este jueves, ante la anunciada manifestación en Brasilia, que ha añadido a sus reivindicaciones la retirada del proyecto de ley que intenta despojar a la Fiscalía el poder de investigación para dejarlo en manos de la policía, todos los edificios oficiales en la capital federal, como el Palacio del Planalto y el Congreso, han sido reforzados.
En torno al palacio presidencial han sido colocadas rejas dobles para reforzar su seguridad. En Río, después de las críticas al gobernador Sérgio Cabral, considerado ausente durante las protestas, se ha dispuesto un especial aparato de seguridad en el Palacio de Guanabara, para evitar que, como en la vez anterior, la sede del gobierno municipal acabe medio destruida.
Una de las quejas de la gente es que mientras las calles se llenan de cientos de miles de ciudadanos pidiendo mejoras en los servicios públicos, los políticos, tanto del gobierno como de la oposición, dan la impresión de haberse escondido. “Aparecen sólo para pedir votos. Ahora son invisibles”, decía una pancarta en Río.
El año próximo habrá elecciones presidenciales y para elegir gobernadores, senadores y diputados. El temor ahora es que si las manifestaciones se alargan hasta entonces, les va a ser muy difícil a los candidatos, desde a la presidenta hasta los demás, aparecer pidiendo votos.
Mientras tanto, los ciudadanos de a pie se sienten honrados de que en el exterior, por primera vez se hable de los brasileños "no por el fútbol sino porque quieren mejores transportes, hospitales y escuelas".


Fonte: El Pais

quinta-feira, 20 de junho de 2013

ONU: crianças palestinas são usadas como escudo humano por Israel


Um órgão de direitos humanos da ONU acusou, nesta quinta-feira, as forças israelenses de maltratar crianças palestinas, inclusive de torturar aquelas sob custódia e usar outras como escudos humanos.

Crianças palestinas na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, capturadas por Israel na guerra de 1967, são rotineiramente negadas em obter o registro de seu nascimento e o acesso a serviços de saúde, escolas decentes e água potável, disse o Comitê da ONU sobre os Direitos da Criança.

"Crianças palestinas detidas por (israelense) militares e policiais são sistematicamente sujeitas a tratamento degradante, e muitas vezes a atos de tortura, são interrogados em hebraico, uma língua que não entendem, e assinam confissões em hebreu para serem liberadas", disse o comitê em um relatório.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel disse que respondeu a um relatório sobre os maus-tratos de menores palestinos do Unicef em março, e questionou se a investigação do comitê da ONU de fato fez novas revelações.

"Se alguém simplesmente quer ampliar sua parcialidade política e achacamento político de Israel sem estar baseada em um novo relatório, em trabalho de campo, mas simplesmente na reciclagem de material antigo, não há nenhuma importância nisso", disse o porta-voz Yigal Palmor.

O relatório do Comitê das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança reconheceu as preocupações de Israel com a segurança nacional e afirmou que as crianças de ambos os lados do conflito continuam a serem mortas e feridas, mas que há mais vítimas entre palestinos.

A maioria das crianças palestinas presas é acusada ​​de atirar pedras, um crime que pode levar a uma pena de até 20 anos de prisão, disse o comitê. Soldados israelenses testemunharam a natureza muitas vezes arbitrária das prisões, afirmou.

Os 18 observadores especialistas independentes analisaram os registros de Israel de acordo com um tratado de 1990, como parte de sua revisão regular de um pacto assinado por todos os países, com exceção da Somália e Estados Unidos. A delegação israelense compareceu à sessão.

O comitê da ONU lamentou a "recusa persistente" de Israel em responder aos pedidos de informação sobre as crianças nos territórios palestinos e nas Colinas de Golã ocupadas na Síria, desde a última revisão em 2002.


Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.

O BRASIL ACORDOU, A MARÉ ESTÁ VINDO... VAI VARRER VOCÊ CORRUPTO, LADRÃO, FILHO DA PUTA



sábado, 1 de junho de 2013

Sabe da Verdade Sobre o Leite?


(EUA, 2008, 88 min. - Direção: Shira Lane)

O que você faria se descobrisse que os países que mais consomem leite são os que mais tem problemas de osteoporose? E se soubesse que o leite e laticínios favorecem enormemente as doenças coronárias, diabetes e o câncer?
Mas não é só isso, artrite, acne e mais inúmeras doenças comuns.
Esse documentário mostra que o leite é um dos alimentos que mais causam doenças e só é popular devido ao grande poder econômico das corporações dos laticínios, que fazem campanhas publicitárias multimilionárias na  TV, sem falar que, através de seu lobby, controlam as decisões do governo no que tangem a promoção e fiscalização desses alimentos.
Das milhares de pesquisas científicas que estudam os laticínios, nenhum os trata como sendo bons alimentos. (docverdade)

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