Se algum dos 2 mil prisioneiros, que já estão em greve de fome há
semanas, morrer, poderá haver uma rebelião nas cadeias, que por sua vez
levará a um amplo levante popular contra a ocupação israelense, dizem
ativistas e grupos politicos palestinos.
Os prisioneiros palestinos Bilal Diab, 27 anos, e Thaer Halahla, 33
anos, começaram a greve de fome há 72 dias e se encontram em sério risco
de morte, segundo a ONG israelense Medicos pelos Direitos Humanos.
A situação cada vez mais grave dos prisioneiros levou milhares de palestinos às ruas da Cisjordânia para exigir sua libertação.
As manifestações, organizadas pelo Comitê de Coordenação da Luta
Popular, têm aumentado à medida que mais prisioneiros aderem à greve de
fome e a situação dos grevistas se deteriora.
Para a ativista do Comitê, Lina Tamimi, 28 anos, se algum dos
prisioneiros morrer, poderá haver uma "explosão" nas prisões. Tamimi,
que mora em Ramallah, na Cisjordânia, disse ao Terra que a questão dos prisioneiros é a "mais sensível" de todos os problemas dos palestinos.
"Não existe uma familia palestina que não tenha um parente que já
passou pelas prisões israelenses, todos os palestinos se identificam
emocionalmente com os prisioneiros", disse Tamimi.
De acordo com ONGs de direitos humanos, desde a ocupação da
Cisjordânia e da Faixa de Gaza, em 1967, mais de 100 mil palestinos já
passaram pelas prisões israelenses. Para Tamimi, "uma rebelião nas
prisões levará a um levante generalizado nas ruas".
Terceira Intifada
A primeira Intifada ocorreu em 1987 e a segunda em 2000. Para ativistas e grupos politicos, a terceira poderá ser a "Intifada dos prisioneiros".
A primeira Intifada ocorreu em 1987 e a segunda em 2000. Para ativistas e grupos politicos, a terceira poderá ser a "Intifada dos prisioneiros".
Diab e Halahla iniciaram a greve de fome em protesto contra a
detenção administrativa a qual estão sujeitos há mais de dois anos, sem
saber de que são acusados e sem serem levados a julgamento.
Nas cadeias israelenses se encontram cerca de 300 palestinos em
prisão administrativa e mais 5 mil que já foram julgados e condenados.
Entre eles, cerca de 2 mil aderiram à greve de fome e, além de exigir a
libertação ou julgamento dos presos administrativos, também reivindicam
melhoras das condições nas prisões.
Nesta segunda feira a Suprema Corte de Israel rejeitou o apelo de
Diab e Halachla contra a detenção administrativa e afirmou que "greve de
fome não é motivo para revogar a medida". Segundo a Corte, a prisão
administrativa é necessária por razões de segurança.
Autoridade Palestina questionada
Para Lina Tamimi, a Autoridade Palestina (AP), chefiada pelo presidente Mahmoud Abbas, "não está cumprindo sua função de defender os prisioneiros". Tamimi menciona a "fraca cobertura" do canal de TV da Autoridade Palestina à questão dos prisioneiros.
Para Lina Tamimi, a Autoridade Palestina (AP), chefiada pelo presidente Mahmoud Abbas, "não está cumprindo sua função de defender os prisioneiros". Tamimi menciona a "fraca cobertura" do canal de TV da Autoridade Palestina à questão dos prisioneiros.
"A Autoridade Palestina deveria estar batendo em todas as portas do
mundo para salvar a vida de Diab e Halachla, e de outros que também já
estão há mais de 50 dias em greve de fome", afirmou. "Porém, a liderança
da AP não tem interesse em uma escalada com Israel".
O presidente Abbas declarou que se um dos prisioneiros morrer, a AP
irá "virar a mesa" e acusou Israel de "tentar matar os prisioneiros
palestinos por intermédio do encarceramento solitário".
O grupo islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, declarou que se
algum dos prisioneiros em greve de fome morrer, "poderá acontecer o
esperado e o inesperado".
O lider do Jihad Islâmico, Mohamed Al Hindi, disse que "a morte de qualquer prisioneiro será o estopim da terceira Intifada".
A União Europeia expressou preocupação com a deterioração da saúde
dos prisioneiros e exigiu que o governo israelense possibilite toda a
assistência médica necessária e visitas de familiares.
A UE também criticou a prática de Israel de prender palestinos sem
levá-los a um julgamento. "Prisioneiros têm o direito de ser informados
sobre as razões de sua detenção e de ser levados a um julgamento justo",
declarou o escritório da UE na Cisjordânia.
O porta-voz dos Serviços Penitenciários de Israel afirmou que os
prisioneiros em greve de fome "estão recebendo o tratamento médico
apropriado".
Sabe o que eu acho?? Se a greve de fome já dura tanto tempo, os Israelenses querem mais é que eles morram e se sair um levante como está cogitado Israel tbm já sabe e talvez ache que seja o momento de ir com tudo mais uma vez contra os Palestinos utilizando o falso argumento de defesa....mas naquela região, em períodos de grandes revoltas populares, a certeza de Israel(seu sucesso) deva ser algo muito dificil de ser alcançado!!Torço por isso, que seja derrotado o Estado de Israel, claro! Que resista e lute os Palestinos, mas o derramamento de sangue é maior pros Palestinos, como há muitos anos....Infelizmente!!!
ResponderExcluirO Estado de Israel quer sangue palestino....sempre!!!
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