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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Estado de Sítio no Ceará 3

Não preciso escrever muito sobre os acontecimentos do dia 03/01/2012, jornais impressos, a grande mídia, as redes sociais registraram em tempo real o estado de caos no Ceará. O representante maior do Estado do Ceará mostrou toda a sua prepotência, falta de habilidade, incompetência e outros adjetivos que você que está lendo pode acrescentar na "condução" das "negociações" com o comando de greve de policiais e bombeiros do Estado do Ceará. Nunca presenciei um momento de total desamparo da sociedade, exército na rua (não vi nenhum por onde passei) a não ser guardando o palácio do Governo e Delegacias de polícia, toque de recolher, comércio fechado, medo, pânico... è certo que crimes acontecem todos os dias, mas como no dia 03/01 nunca vi. As vezes penso que o Governador brinca de governar... e na figura de menino mimado, não aceita ser contrariado... Trata os servidores com mãos de ferro, exemplo da última greve dos professores, mas não tem coragem de mudar certas estruturas, que na verdade ele está ali para perpetuar a classe que sempre comandou o Estado... É um momento novo, as redes socias são importantes meios de informação e desinformação, ainda assim melhor que a mídia comprometida. Os blogs estão aí, criem os seus, registrem os acontecimentos e quando chegar o momento, usem e mudem a história de que "brasileiro não tem memória". É dever de todo cidadão lutar... escolham suas trincheiras, a minha é aqui, volte sempre... "Ousar lutar, ousar vencer" Carlos Lamarca, outro Capitão (exército) que ousou desafiar o poder, assim como o Capitão Wagner e seus companheiros de patententes inferiores... Boa parte dos oficiais são covardes, a exemplo dos acontecimentos na Assembléia legislativa em 29/09/2011 quando professores "detidos" foram agredidos por oficiais, o comandante e o segundo na hierarquia do efetivo policial daquela casa.

Depoimento pessoal: No dia 03/01/2012 por volta do meio dia, fui ao Bradesco do Montese, já sabendo de arrastões que aconteciam pela cidade. No trajeto não ví nenhuma viatura ou carro com os homens da Força nacional e nem do Exército. Vi pessoas assustadas, comércio fechado e muita tensão no ar. Tive que ir ao Centro da cidade para completar minha "missão", outro banco, agora o Itaú. Mesma situação, pânico, medo, lojas fechadas, outras fechando, pessoas nas ruas, trânsito de um Domindo. Depois de concluídas minhas pendências, peguei o carro no estacionamento subterrâneo do banco Itaú e rumei para o trabalho na Parangaba. Quando cheguei no cruzamento da Av. Expedicionários com Av. Borges de Melo, parei o carro bem distante do semáforo, passaram por mim dois jovens, atravessavam a avenida (do meu lado esquerdo está o quartel do exército 23º BC) e caminharam pelo canteiro central, logo escuto um buzinaço, à frente o semáforo vermelho, olho pelo retrovisor e vejo um dos rapazes guardando uma arma... (entendi... era um assalto no carro logo atrás do meu)... reação: como havia parado a uns 10 metros do semáforo, não hesitei e atravessei mesmo com semáforo vermelho, sorte que quase não havia movimento... "escapei de um assalto" foi isso? Quando se passa por uma situação de perigo, o raciocínio nos engana, nem sei o que pensei, o que penso sobre isso, apenas aconteceu...

No momento já estou sabendo do final da paralisação dos policiais militares e o recomeço da paralização dos policiais civís... É, parece que construir prédios e comprar viaturas de luxo não deu muito certo não é Sr. Cid Gomes... Aguarde!!! Os professores não vão esquecer o tratamento dispensado por V. Majestade... Nos encontramos no próximo pleito, com uma arma letal da qual você não pode muito, INFORMAÇÃO!!!

Cumprimentos, 
Prof. Kildare Uchôa

Um comentário:

  1. Éhh, meu caro...quem paga pelo desleixo do governador sempre é o povo, nós! Ainda bem que vc escapou dessa!

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