Há poucos meses atrás, em setembro, as manchetes dos jornais de São
José dos Campos estampavam a notícia de um acordo para regularizar o
bairro do Pinheirinho. Após sete anos, as 1.600 famílias dessa
comunidade teriam sua situação de moradia resolvida. O secretário
estadual de habitação e representantes do Ministério das
Cidades vistoriaram pessoalmente a área para fechar o acordo. Houve
muita festa entre os moradores. Quatro meses depois, em 22 de
janeiro, a polícia militar de São Paulo – a mando do governador e
legitimada pelo Tribunal de Justiça – inicia uma operação de guerra, que
terminou com o despejo da comunidade, dezenas de presos e feridos e
7 desaparecidos. Um massacre do Estado contra trabalhadores que queriam
apenas o elementar direito de permanecer em suas casas. Quanto à
dimensão e covardia das agressões nem é preciso insistir, pois as
imagens que circularam nos jornais e na internet falam por si. A questão
é: como se deu esta reviravolta?
A movimentação que levou o Pinheirinho
da regularização ao despejo teve três atores principais: o Judiciário
paulista, a prefeitura do município e o Governador Geraldo Alckmin. A
sintonia desta orquestra macabra CONTINUE LENDO
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